Uma das perguntas que tem perseguido o homem durante toda a sua existência é se há bons motivos para acreditar em Deus ou se ele existe. Esta é, de facto, uma das grandes questões colocadas pela humanidade.
Então, terá ou não, o homem, bos motivos para crer em Deus? Nesta edição do quadro opinião eu debruça-me-ei sobre este assunto. Contudo, antes de começar, Quero lembrar que este é apenas um ponto de vista que não tem de ser necessária mente o meu ou o vosso. Esta é apenas uma inofensiva opinião. Quero também aproveitar para dizer que estarei a falar de Deus no geral, não em Alá ou Jesus.
Caso queira ler uma breve reflação sobre a matéria, continue a ler a postagem.
Nos últimos séculos, com o avanço
cientifico, muitas foram as questões e os enigmas que o homem resolveu. Contudo,
será que, o avanço cientifico, apenas contribuiu para tirar dúvidas? Não. Esse
imparável avanço, com a mesma facilidade com que respondeu a perguntas, também
criou várias dúvidas existenciais. Uma dessas dúvidas vem da incompatibilidade
de certas teorias cientificas com a existência de Deus, ou seja, algumas das
coisas que antes eram justificadas pela fé, agora, são dadas como impossíveis
pela ciência. Uma das perguntas originada por esta crise, foi: temos boas
razões para acreditar na existência de Deus? Antes de tentarmos responder a
esta complexa pergunta, temos de nos focar noutras mais simples, por exemplo: o
que é Deus; o que transmite; o que é a ideia de Deus e porque precisamos de
motivos para acreditar nalguma coisa. Deus é, independentemente do tipo de
religião, o criador e salvador do mundo; um ser omnipresente; a sua figura é
adorada, logo é alvo de cultos e sacrifícios em sua honra; a sua vontade é
justificação suficiente para qualquer ação e é capaz de realizar fenómenos
sobre-humanos. Esta entidade transmite segurança; oferecendo descanso e
bem-estar eterno (após a morte); confere-nos confiança, pois acreditamos que
está alguém a olhar por nós e a fé e a força de vontade ajudam-nos a ter garra
e lutar para alcançar os nossos objetivos. Quanto à última pergunta: se uma
pessoa não precisar de boas razões para acreditar em algo, torna-se num
pau-mandado facilmente convencido pela mais bárbara e impotente das mentiras.
Logo, torna-se elementar ter motivos e razões para acreditar em algo.
Agora que o nosso conhecimento sobre
Deus aumentou, podemos concentrar-nos na grande pergunta: “temos boas razões
para acreditar em Deus?” Pessoalmente, creio que temos bons motivos para
acreditar em Deus. Se formos analisarmos as coisas de uma forma geral, a
religião é um dos principais fatores de unificação dos países. Caso não ache
que a minha afirmação anterior seja verdadeira, atente nos exemplos: uma das
razões para ter havido paz entre as cidades-estado gregas, no vasto Império
Romano e, mais tarde, durante alguns séculos, na Europa, foi a religião. As
pessoas uniam-se, pois, como a doutrina era a mesma, não se viam como inimigas.
Antes de levantar uma objeção ao escrito anteriormente, baseado nos eventos da
Síria, lembre-se que os verdadeiros muçulmanos são contra atitudes extremas.
Além de ajudar na manutenção de um clima de paz, a fé dá, como já referido,
esperança e força às pessoas para lutarem pelos seus objetivos. Como exemplo,
trago o caso de Gandhi, um homem Hindu, que, apesar de todas as adversidades, incluindo
ser preso, lutou pelo que acreditava e conseguiu mover milhares de indianos
através da crença. Caso isto não chegue para mostrar que temos boas razões para
acreditar em Deus, concentremo-nos, desta vez, em factos. Ao redor do mundo,
desde sempre, temos relatos de inúmeras visões e inúmeros relatos de milagres.
Até agora tenho estado a responder a várias perguntas, mas agora queria que
fosse você, caro leitor, a responder a uma: se acha que os milagres e as visões
não passam de uma mentira, como é que justifica terem sobrevivido ao
esquecimento após tantos séculos? Será que uma mentira conseguiria ter assim
uma perna tão longa? Não é nisso que o ditado popular “mais depressa se apanha
um mentiroso do que um coxo” crê…
Possivelmente, neste preciso momento,
deve estar, na sua cabeça, a formar algumas objeções ao escrito acima, certo?
Bem, mesmo defendendo a tese escrita anteriormente, reconheço que muitas podem
ser as objeções lançadas contra esta teoria. Algumas das mais frequentes, são:
se Deus existe, porque é que o mal, também, existe? Há, ainda, algumas pessoas
que vêm Deus como uma ferramenta usada pelas pessoas para justificar os seus
problemas, as coisas que não conseguem cientificamente explicar, para viverem
descansadas pensado na salvação divina e para convencer as pessoas a agir
moralmente, ameaçando-as com o inferno. Podemos então concluir que essas
pessoas, se acreditassem em Deus, o veriam ora como um homem que tanto se veste
de “Capitão América”, como de “Papão”, no caso das crianças. Além destas objeções,
há quem justifique a sua inexistência ao dizer: se Deus existe, e é assim tão
poderoso, porque é que não altera alguns eventos, como as guerras mundiais,
para poupar o sofrimento e a morte de muitos inocentes? Uma outra objeção
usualmente utilizada, é: quais são os bons motivos que temos para acreditar em
Deus? Um monte de livros empoeirados e uma mão cheia de contos milagrosos,
passados de mão em mão? Agora, após tentar imaginar aquilo que você, caro
leitor, me estaria, neste momento, a querer atirar à cara, vou tentar responder
a todas estas objeções e tentar elucida-lo do meu modesto ponto de vista.
Comecemos, então, caro leitor, a
responder às “suas” objeções. O Mal e o Bem, na minha opinião, são como o Yin Yang. A existência de um obriga à
existência do outro, formando assim um tipo de equilíbrio. Se não houvesse Mal,
não valeria a pena haver Bem, pois não lhe seria incutido nenhum significado.
Assim, se não existisse o Mal, como saberíamos o que era o Bem e quais seriam
os atos morais? Sem saber o que é o Bem, como é que deveríamos educar os nossos
filhos a agir moralmente? Como poderíamos fazer o correto, se não se soubesse o
que é o correto? Não poderíamos. Sem Mal não há racismo, covardia ou
descriminação, contudo Bem também não existiria, logo não haveriam sentimentos
nobres como a coragem ou a humildade. Consigo assim provar que a existência de
uma fação é elementar para a existência da outra. Por esta ordem de ideias, não
vale a pena culpabilizar Deus pela existência do mal. Quanto àquelas “criaturas
de Deus” que apenas o vêm como uma forma do ser humano para responder às
perguntas que a ciência não consegue, a minha opinião é igualmente sólida! Será
o ser humano “casmurro” ao ponto de acreditar que uma mentira consegue aguentar
21 séculos? Seremos nós assim tão pouco inteligentes para pensar que uma
mentira dessa dimensão aguentou 21 séculos? Eu não creio nisso. Uma pessoa que
acredite nesse argumento, então está a dizer que todos os seus antepassados e
que a história viveu na mentira. Que quase todas as coisas boas foram feitas
devido a uma mentira. Como é que alguém pode acreditar nisso? Depois ainda vêm
aqueles que, depois de cometerem indesculpáveis atrocidades, tentam provar a
inexistência de Deus pela ocorrência da guerra. Talvez o adjetivo perplexo me
possa definir quando ouço alguém a dizer este tipo de barbaridades. Deus
concedeu consciência, inteligência e livre arbítrio ao ser humano por uma
razão. Sendo que o Homem tem estas qualidades, ele é obrigado a tomar as suas
decisões e a viver com as consequências das suas decisões. Deus não é “uma
máquina de desfazer pecados humanos”. Mas, no fim das contas, quais é que são
os factos que suportam a existência deste ser omnipotente e omnipresente que eu
tanto defendo? Como disse anteriormente: é impossível que uma mentira dure por mais
de dois milénios! Caso não se convença com este argumento, começaremos uma
abordagem diferente. Como certamente sabe, temos inúmeros testemunhos escritos
sobre Deus, várias histórias, fantasiadas ou não, e vários livros de crentes,
atualmente, nas nossas mãos. Vou, agora, refazer a mesma pergunta que fiz
anteriormente: podem quase todos os relatos dos últimos anos ser mentira? Podem
ser, todos aqueles exemplos em que vamos buscar moral e aconselhamos os outros,
mentira? Poderá ser tudo aquilo em que acreditamos, mentira? Não acredito, e
duvido que alguém que saiba analisar situações acredite. Estes argumentos
deviam ser mais que suficientes para provar o que defendo, mas, se forem
insuficientes, vou narrar-vos uma história. Uma cuja veracidade não poderá ser
negada. Uma que até os historiadores consideram verdadeira. Uma onde,
diariamente, as pessoas encontram fé e força para seguir o que está certo. A
história de S. Francisco. Ele era filho de um comerciante rico e muito
bem-sucedido. Estava habituado à riqueza, à ostentação e dormia cada noite com
uma mulher diferente. Isto, claro, até que um dia teve uma visão em que Nossa
Senhora lhe terá aparecido. No dia seguinte à visão, pediu a sua herança ao pai
e, para desgosto deste, que queria que o filho continuasse o seu negocio, deu-a
toda aos pobres e sem-abrigo. Como se este ato não chegasse para demonstrar a
sua devoção, criou uma ordem que ainda hoje existe: Os Franciscanos. Uma ordem
em que as pessoas se vestem pauperrimamente e tentam, incansavelmente, ajudar o
povo e o próximo. Sendo a doação da sua herança um facto, como o pode
justificar, senão com a visão de Nossa Senhora? Como podem explicar isto? Não
podem. E sabem porquê? Porque esta é uma prova inegável de que temos boas
razões para acreditar em Deus.
Através desta tese, não pretendo
evangelizar ninguém. Para isso teria feito um texto ainda mais martirizante. O
meu único objetivo é apenas mostrar que temos bons motivos para acreditar em
Deus, o que, tendo em conta a tese que escrevi, acho que consegui minimamente.
É claro que há muitas mais objeções contra a minha teoria, mas penso ter
atacado alguns dos pontos fulcrais. E assim me despeço de si, caro leitor, e
espero que tenha gostado da minha pequena reflexão.
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