domingo, 15 de janeiro de 2017

Lendas | Descoberta da ilha de Santa Maria

    Gosta de lendas em que se revele e demonstre fé? Gosta do período histórico dos Descobrimentos? Se sim, esta é uma lenda que não pode perder.

    Esta lenda, passada de geração em geração, narra-nos a história de um corajoso navegador, Gonçalo Velho Cabral, que pretende a todo o custo cumprir a sua promessa a Santa Maria!´

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    A lenda da descoberta da ilha de Santa Maria, remete à época do Infante D. Henrique, o impulsionador dos descobrimentos.

    Segundo a lenda, o infante teria enviado Gonçalo Velho Cabral (amigo intimo de D. Henrique, Gonçalo Cabral era um cavaleiro, devoto de Nossa Senhora, professo da ordem de cristo e comendador do Castelo de Almourol) numa caravela, com o fim de continuar a expansão marítima de Portugal.

    Como era hábito, antes de partir, Gonçalo, prometera a Nossa Senhora que a primeira terra a ser descoberta no "mar oceano" teria o seu nome.

    Na época, uma viagem daquelas proporções era sempre incerta, pois os navios não tinham condições para aguentar as tempestades do alto mar nem para ultrapassar as correntes mais fortes. Assim, ao fim de algum tempo, se o barco ainda não tivesse naufragado, os marinheiros começavam a morrer, quer por causa da fome, quer por causa de doenças. Devido às baixas probabilidades de sobrevivência, os marinheiros entregavam-se à esperança de que Deus os salvaria. No fim das contas, precisavam de fé (e muita...) para conseguirem continuar sem a constante sensação de poderem morrer a qualquer momento.

    Gonçalo Velho estava encarregado de esquadrinhar os mapas e anotar as correntes. Assim, sem ver quaisquer sinais de terra ou de salvação, a tripulação navegou durante intermináveis dias e noites. Durantes meses a fio. Com a passagem do tempo, a esperança de sobrevivência ia, progressivamente, diminuindo.

    Foi então que, quando a tripulação já quase desistira da missão que lhe tinha sido incumbida pela pátria, num dia de verão, mais especificamente no dia da nossa senhora, em Agosto, a moite dera lugar a um dia claro e suave, de sol radiante e céu limpo. Céu limpo esse que permitia à vista grandes distancias.

    Nesse dia, como em qualquer outro, a tripulação começava o dia a orar a Deus e a Santa Maria. Quando começaram a rezar o Ave Maria, apareceu uma silhueta no horizonte. A principio, ninguém lhe deu importância, atendente a que podia ser nevoeiro. Contudo, ao pronunciar as palavras "Santa Maria", o gajeiro (nome dado ao homem que ficava no cesto da gávea) gritara a plenos pulmões: "Terra à vista!".

    Lembrando-se da sua promessa para com a Virgem Maria e vendo aquela coincidência como um milagre, Gonçalo velho Cabral, concedeu o nome de "Santa Maria" à ilha. Ilha essa que era a primeira a ser descoberta daquilo que, anos mais tarde, se chamaria de Arquipélago dos Açores.

    A fé de Gonçalo mantem-se até hoje na ilha através de festas feitas anualmente em Agosto.



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