domingo, 11 de dezembro de 2016

História da Arte | Baixa Pombalina!

    Após o terramoto de 1755, sentido por toda a Europa mas principalmente em Lisboa, essa mesma cidade ficou destruída, arrasada. As pessoas ficaram sem comida nem alimentos, e haviam cadáveres por todo o lado. Então, Sebastião de Carvalho e Melo, futuro marques de Pombal, que usou o lema "enterrar os mortos e cuidar dos vivos" ordenou que se enterrassem os cadáveres em valas comuns e criou hospitais improvisados. Tratou também de alimentar a população obrigando os comerciantes a vender a comida a preços fixos para alimentar as pessoas. Com o terramoto, os ladrões começaram a atuar em força na cidade (o ouro da igrejas e palácios caídos estava espalhado por toda a cidade), e então Carvalho e Melo ordenou que qualquer um que fosse apanhado a roubar seria enforcado. Tomadas estas medidas, faltava reconstruir Lisboa.

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    Sebastião Melo era o que chamamos um Déspota Iluminado, ou seja, um ditador que seguia o Iluminismo, e decidiu que Lisboa teria uma nova planta, que seria inspirada nas da Grécia Antiga. Encarregou Manuel da Maia, Carlos Mardel e Eugénio dos Santos de fazerem várias plantas e escolheu de entre elas uma planta ortogonal, isto é, as casas seriam dispostas em paralelo umas ás outras e não haveriam becos sem saídas. Assim, Lisboa passava de uma planta medieval a uma mais moderna, racional.

    Depois havia o problema das casas: ao contrário da Igreja Católica, Melo acreditava (com razão) que o terramoto era uma catástrofe natural, e não um aviso de Deus. Então as casas teriam de ser resistentes a novos terramotos. Após vários testes, foi escolhida uma estrutura que seria depois chamada de Gaiola Pombalina, que usa um sistema de vigas de madeira que diminuiria os danos de uma futura catástrofe. Já a arquitetura das habitações seria, mais uma vez, racionalista, muito simples e austeras, e haveria a repetição modular, ou seja, as casas passariam a ser praticamente iguais. A única coisa que distinguiria as casas dos ricos das dos pobres seria o número de janelas.
 Concluindo, Lisboa depois do terramoto passou a ser uma cidade moderna, com esgotos e mais tarde iluminação pública, para além de tudo o enumerado anteriormente, em vez de uma caótica cidade medieval.



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